4th of July – Make America’s Freedom Great Again

Hoje, dia 4 de Julho, celebra-se o grande dia da liberdade dos Estados Unidos da América. Em todas as cidades se vêem grandes desfiles: as parades. Tudo é branco, azul e vermelho patriótico e há mais fogo de artifício por m2 do que houve no encerramento da Expo ‘98. Especialmente em Highland Park II, Chicago, um fogo de artifício em nome da liberdade, em nome da Grande Constituição e das suas 27 “amendements”. Mas algo de estranho havia no ruído daquele artifício, principalmente por não se ver fogo no ar – porque eram tiros. É o primeiro tiroteio de que se dá conta este ano mas “até ao lavar dos cestos é vindima”, ainda só se contam 6 mortos o que comparando com os 200 do anos passado, não aquece nem arrefece.

Estava tudo bem com a Constituição, mas os garganeiros dos americanos acharam que queriam liberdade de expressão (1ª adenda) e daí a rever até o direito às férias do Presidente, passaram tudo a pente fino. Eu sou e serei sempre a favor da liberdade de expressão, se bem que ache que se tivessem cancelado a conta do twitter do Trump mais cedo tinham poupado algumas chatices e recursos financeiros e judiciais, já para não falar do chão do Capitólio! Mas daí até ter como 2ª adenda o direito de qualquer cidadão a ser respeitado pela sua decisão de ter uma arma de fogo, já me causa um fervor no cérebrozinho. Mais ainda quando percebo que só na 13ª é que os escravos têm direito à liberdade (azarico….) e que só na 19ª é que as mulheres lá têm direito ao voto. É estúpido mas faz-me sentido agora o reverter da lei do aborto. O que está a acontecer é que os E.U.A. são um homem em crise de meia idade a querer voltar às origens, mas aquele cujas origens são bastante pobres (como aliás são as do país) e que por isso as simula a seu bel prazer. Vamos rever as leis, sim senhor, tornamos a escravizar as mulheres mas fazemos de conta que mexemos aqui nas armas, assim “só para inglês ver”.

4th of July – Make America’s Freedom Great Again