A Veia da Minha Bílis,  Agora Cronico Eu

Os Portugueses não podem ver nada

Os Portugueses não podem ver nada

 

Assim que a DGS leu a minha crónica de há uns dias sobre a Máquina do Tempo que os americanos estão a tentar desenvolver para fazer a maioria dos seus estados regressar ao passado, Gracinha, cheia do broche que em si há sempre ao peito, chamou o António Costa ao seu gabinete:

_ Toninho… tu que não te cansas de apregoar que queres estar sempre na linha da frente, não achas bem c’agente vá lá à América pedir uma máquina destas?

_ Mas Gracinha, nós já estamos na linha da frente a nível de casos de infecção de Covid.

_ Ai filho, isso é tão 2019. Vá!, liga lá ao Biden e diz c’agente troca isso por um frete de pastéis de Belém, não digas de Nata, que esses comem os pobres, e um podengo com pedigree. É que o meu sobrinho apanhou ontem um rafeiro na rua e não é que fomos ao google e são o corpo chapado um do outro?.

A Máquina do Tempo lá veio e num cargueiro partiram fornadas de pastéis de nata e o rafeiro abandonado. Garganeiros, Gracinha e Toninho que sabiam que a máquina só andava para o passado, quiseram inserir a data de 23 de Abril de 1974, mas quando viram que  aquilo não ia a lado algum decidiram que a iam deixar trabalhar tal como trabalhava no seu país de origem. Ou seja, tal como nos E.U.A., Portugal prepara-se para sancionar todas as equipas que estiverem envolvidas num aborto. Todos menos o pai da criança obviamente, que esse não é para aqui chamado e já lhe basta viver no sofrimento de quase perder um filho que quase nunca soube que iria ter, mas Graças à Máquina do Tempo Passado, agora será um pai numa família feliz.

 

No entanto, aos olhos de Gracinha ainda faltava brilho:

_ Toninho, que outra linha da frente queres? Eventualmente alguma entre a Rússia e a Ucrânia?

_ Nem pensar. Ninguém percebe nada do que eles dizem. Mais parece que o que estão a brincar ao Krampus que importaram dos germânicos com uns meses de atraso.

_ Hmmm, e não há mais nada de novo?

_ Olha, ontem vi um documentário na Netflix sobre o Jeffrey Epstein, achei muito interessante, não fazia ideia de que….

_  Por falar nisso, o que é que se passa com o Rendeiro na África do Sul?

 

E tal como o Príncipe André reiterou em relação às suas estadias na ilha privada de Jeffrey Epstein: “Aquilo que eu fiz não foi bem aquilo que vocês perceberam que eu fiz.”, também a nossa querida Marta Temido retratou as declarações relativas à penalização das equipas envolvidas nas IGVs alegando “Aquilo que eu disse não foi nada daquilo que vocês quiseram perceber que eu disse.”

Uns dias depois da notícia ter sido lançada pela comunicação social (aliás, foi assim que o Professor Marcelo Rebelo de Sousa soube…) a Ministra da Saúde veio a público clarificar que nunca esteve em causa o direito ao aborto, mas sim a sua prevenção, bem como a prevenção da proliferação de doenças sexualmente transmissíveis.

O objectivo do planeamento familiar é evitar a gravidez indesejada e [os médicos] têm de ser avaliados por isso. A qualidade é evitar a gravidez indesejada. (…) Este indicador pode e deve ajudar na aposta que se deve fazer na prevenção. Cientificamente como é que posso medir a actividade preventiva? Só posso medir se tenho ou não IVG, porque o resultado final é esse

Diz ao Público o coordenador para a reforma dos cuidados de saúde primários, João Rodrigues, no artigo citado acima. E eu concordo inteiramente com esta posição pois trata-se claramente de alinhar os objectivos de excelência da medicina portuguesa. Como sabemos, os profissionais de saúde, especialidade ou geral, têm sofrido grandes sanções quando os seus pacientes cometem suicídios porque pararam de tomar a medicação, morreram de cancro de pulmão porque não deixaram de fumar ou mesmo hipertensos que sofreram de paragens cardíacas depois de uma bela churrascada ao sol. Por cada falhanço, o médico vai perdendo pontos na carta profissional e quando só lhe restarem 2 terá de tirar o curso novamente, isto se conseguir média suficiente nos exames nacionais para entrar na universidade.

Quando contactado pela comunicação social para comentar a situação, o Presidente da República declarou que não tinha mais a acrescentar do que já havia demonstrado através das redes sociais quando fez “Like” ao comentário “?” que António Costa fez ao post da Ministra no Facebook.

 

 

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