A Veia da Minha Bílis,  Crónicas

“Se há, é sempre atrás”

“Com o Humor não se Brinca” de Nelson Nunes foi a minha primeira bíblia de humor, aliás a primeira desde que me decidi a pregar a palavra de Santo Humor, porque os meus primeiros apóstolos foram Seinfeld, Herman, Monty Python, Markl, Gatos e… quando percebi que ele era a base de quase todo o nosso bom humor: João Quadros!

Era assim que previa começar A crónica do regresso de #aveiadaminhabílis. Ia falar sobre a forma como decidi começar a estudar Humor, as bíblias, os apóstolos E os deuses que admiro. Aqueles que sempre que os estudo, me ensinam/relembram mais uma jóia da coroa do humor. Ia também frisar que a grande maioria é homem (buhh a mim) e… da “velha guarda”, principalmente em Portugal.

Acontece que, 4 mil caracteres depois, e apesar dos meus mais sinceros esforços para vos trazer conteúdo didático e profundo sobre humoristas … tudo descambou numa viagem pelo prontuário da língua portuguesa.

Porque, se há detalhe que neles venero é a forma como tratam a sua língua – amigos se o brio e amor ao prontuário de certos humoristas vos passa ao lado, é porque andam a gostar da comédia errada (ou a ler um prontuário da Temu).

Exemplos muito pouco relevantes:
Se há uns anos foi Nuno Markl quem me mostrou que um “Ah, bolas pá!” pode ser bem mais cool que um “Foda-se!”,
Foi, também há uns anos, que Ricardo Araújo Pereira me ensinou a grafia correcta da interjeição, junto com a máxima “até para se ser malformado é preciso ter formação”.

E… se há 8 anos o “Podem dizer mal do Tony Carreira, mas é dos nossos melhores tradutores” me inspirou a gritar ao mundo que #eufaziaoquadros foi só uns anos depois que o próprio João me ensinou que “se há, é sempre atrás” – está no livro, vão ler…

Isto tudo para dizer que: atrás de uma boa amante do humor, estará sempre um humorista gigante – ou vários, isso agora depende dos gostos….

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