• “O Outono em Pequim” de Boris Vian

    Houve esta: “Folubert Sansonner deteve-se, comovido, diante da porta de Léobille e mergulhou o indicador da mão direita no buraquinho da campainha, agachada no fundo pois estava a dormir. O gesto de Folubert acordou-a em sobressalto. Virou-se e mordeu cruelmente o dedo de Folubert, que desatou a ganir em tom agudo. (…) Este empunhava uma pistola fumegante, com a qual acabara de matar a campainha. (…) _ Matei este bicharoco infame – disse ele. – Trate você da carcaça. _ Mas… – disse a irmã de Léobille. Depois desfez-se em lágrimas, pois a campainha já estava com eles há tanto tempo que fazia parte da família.”   Mas foi principalmente…

  • “Your Fathers, Where Are They? And the Prophets, Do They Live Forever?” de Dave Eggers

      Oh, Eggers, Eggers, que bem me fazes tu!   Para quem não conhece Dave Eggers, tenho uma pequena introdução na opinião que fiz sobre “A Heartbreaking Story of Staggering Genious”, o primeiro livro da sua carreira de escritor. “Your Fathers, Where Are They? And the Prophets, Do They Live Forever?” aparece 14 anos depois. Este é um livro cujo personagem principal, Thomas, procura respostas sobre o mundo a partir de um evento específico, a morte do seu melhor amigo. Para isso,conversa com várias pessoas que de alguma forma fizeram parte da sua vida ou estiveram relacionadas com o evento, desde um astronauta, ao médico responsável do hospital na noite…

  • “A Dirty Job” de Christopher Moore

    Christopher Moore é um escritor americano conhecido pelo género “fantasia cómica”. E, se não me tivesse sido recomendado por quem foi (obrigada Tininha!), teria desistido nas primeiras páginas. Primeiro porque fantasia não é, de todo o meu género, e depois porque não estava a achar a parte do “cómico”, do humor. No entanto, no meio dos monstros e de alucinações e de bebés protegidos por cães gigantes lá me comecei a agarrar à história e o livro acabou por se tornar um dos favoritos de 2020 e o Moore, provavelmente um Novo Amor. Há de tudo nesta história, polícias, bebés, monstros de esgoto cheios de penas e de bicos, machos…

  • “Catch 22” de Joseph Heller

    Joseph Heller nascido em Brooklyn, em 1923, é considerado um dos mais importantes escritores da literatura americana. Em 1961, publicou “Catch-22”, inspirado na sua experiência durante a Segunda Guerra Mundial – entrou para a Força Aérea Americana e aos vinte anos e foi enviado para Itália, onde voou em 60 missões de combate num bombardeiro B-25. Depois da guerra, Heller formou-se na Universidade de Colúmbia, e recebeu, em 1949, uma bolsa da Universidade de Oxford, onde permaneceu entre 1949 e 1950, trabalhou como professor de Inglês na Universidade de Pensilvânia (1950-1952), como redator de publicidade para as revistas Time (1952-1956) e Look (1956-1958) e como editor da McCall’s. Enquanto isto…

  • “Holy Cow” de David Duchovny

      _ Holy Cow! O Duchovny escreveu um livro? _ Não, até à data, o Duchovny escreveu 4 livros! _ Holy Cow! E um deles é de humor? _ Sim, sobre uma vaca que engendra um plano ao qual se junta um porco e um peru. _ Mas o que é que o Duchovny percebe de humor? _ Bem, pelo menos o suficiente para já ter ganho e ter sido nomeado para vários prémios na categoria de comédia. Aliás, a sua prestação em Californication, já apresentava uma personagem com bastante humor. Estas foram as perguntas que me coloquei quando, na minha busca de títulos para o #desafiosillyseason, me deparei com…