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“Flecha” de Matilde Campilho
Em Julho li “Jóquei”, de Matilde Campilho e adorei. Influenciada pelo balanço do livro, decidi ler “Flecha”, o segundo livro da autora, lançado em Julho, também pela Tinta da China, durante a minha viagem para a Suíça. O primeiro de poesia, o segundo de prosa, estão assim categorizados, se bem que eu noto pouca diferença na estrutura dos dois – sem que isto seja um ponto negativo, muito pelo contrário, eu prefiro sempre construções abertas do que livros “engavetados”. No entanto, talvez porque a expectativa fosse alta e fui para “Flecha” à procura do ritmo da bossa-nova e da frescura da água de côco, mescladas com as raízes de alfacinhas…
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“Jóquei” de Matilde Campilho
“Jóquei” é um livro que se dança. Um livro que balança dentro de nós. Não nos ritma para bater o pé, não – a meio de um poema, Matilde Campilho faz-nos badalar o torso, dos ombros às ancas. Só nos apercebemos quando as letras do livro já balançam em sentido oposto, porque é assim que dança o par ideal, sempre no sentido oposto, como um espelho, não para chocar, mas sim para complementar. Matilde Campilho é uma escritora portuguesa e “Jóquei” é o seu primeiro livro editado depois de muitos poemas publicados em jornais e revistas, e tal como Matilde, a sua linguagem atravessa o Atlântico e funde-se num sotaque…