• “Choose Your Own Autobiography” de Neil Patrick Harris

    Ao pesquisar literatura de humor, encontrei, incontornavelmente, biografias de humoristas. Não que Neil Patrick Harris seja considerado um humorista per se, mas a verdade é que é na comédia que o seu trabalho de actor sempre se destacou, desde Doogie Howser até ao grande Barney Stinson – apesar de não ser uma fã da série “How I Met Your Mother”, considero que é uma das melhores personagens de sitcoms produzidas nos últimos anos. E, se ainda não viram a adaptação da Netfilx de “Uma Série de Desgraças”, uma colecção de aventuras dos órfãos Baudelaire, escritas por Lemony Snicket, vejam porque, além de ser uma série maravilhosa, a interpretação de Harris…

  • “Flowers for Algernon” de Daniel Keyes

    Não há muitos livros que eu aconselhe, sem receio, toda a gente a ler. Mas “Flowers For Algernon” é um deles sem dúvida alguma. Além de ser um livro magistralmente bem escrito, na minha opinião é impossível sair-se dele ileso. Algernon é um rato de laboratório que é submetido a uma cirurgia ao cérebro para aumentar o seu QI – na realidade depois de várias experiências noutros animais, é o primeiro no qual a cirurgia resulta. Charlie é um deficiente mental com um QI de 68 e o primeiro ser humano a ser submetido à mesma experiência depois dos resultados de sucesso obtidos com Algernon. Charlie é o escolhido porque,…

  • Uma Nação de Dois, “Mother Night” de Kurt Vonnegut

    Kurt Vonnegut foi um escritor norte-americano da segunda metade do século XX. A sua obra é reconhecida no campo da ficção-científica e pelo seu tom irónico, sarcástico e de humor negro, sempre com uma observação e exposição muito profunda e crítica sobre a condição humana. “Nós somos o que fingimos ser, por isso mesmo, devemos ser cautelosos com o que fingimos ser” Mother Night (1961) é o romance que marca o afastamento de Vonnegut do mundo do fantástico, e que tem como inspiração a sua própria experiência enquanto soldado da Segunda Guerra Mundial capturado em Dresden. Os termos da Convenção de Genebra, que garantiam aos prisioneiros de guerra condições dignas…

  • Ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro…. sobre Auschwitz!

    Hoje, decidi acabar com as brincadeiras e usar este espaço para falar sobre coisas sérias. Acho que está na hora de parar pensar num dos maiores flagelos da história da nossa humanidade. Não, ainda não é desta que vos vou contar a noite de copos que passei com a Maria Leal, porque também não vos quero deprimir a esse ponto. O flagelo sobre o qual vos quero chamar a atenção é Auschwitz. É tempo de pararmos de nos olhar como “coitadinhos, que vamos todos ser infectados com o vírus”, ignorando os milhões de pessoas que já sofreram e ainda sofrem com a quantidade de literatura sobre Auschwitz que por aí…

  • “A Dirty Job” de Christopher Moore

    Christopher Moore é um escritor americano conhecido pelo género “fantasia cómica”. E, se não me tivesse sido recomendado por quem foi (obrigada Tininha!), teria desistido nas primeiras páginas. Primeiro porque fantasia não é, de todo o meu género, e depois porque não estava a achar a parte do “cómico”, do humor. No entanto, no meio dos monstros e de alucinações e de bebés protegidos por cães gigantes lá me comecei a agarrar à história e o livro acabou por se tornar um dos favoritos de 2020 e o Moore, provavelmente um Novo Amor. Há de tudo nesta história, polícias, bebés, monstros de esgoto cheios de penas e de bicos, machos…

  • “Catch 22” de Joseph Heller

    Joseph Heller nascido em Brooklyn, em 1923, é considerado um dos mais importantes escritores da literatura americana. Em 1961, publicou “Catch-22”, inspirado na sua experiência durante a Segunda Guerra Mundial – entrou para a Força Aérea Americana e aos vinte anos e foi enviado para Itália, onde voou em 60 missões de combate num bombardeiro B-25. Depois da guerra, Heller formou-se na Universidade de Colúmbia, e recebeu, em 1949, uma bolsa da Universidade de Oxford, onde permaneceu entre 1949 e 1950, trabalhou como professor de Inglês na Universidade de Pensilvânia (1950-1952), como redator de publicidade para as revistas Time (1952-1956) e Look (1956-1958) e como editor da McCall’s. Enquanto isto…

  • “Holy Cow” de David Duchovny

      _ Holy Cow! O Duchovny escreveu um livro? _ Não, até à data, o Duchovny escreveu 4 livros! _ Holy Cow! E um deles é de humor? _ Sim, sobre uma vaca que engendra um plano ao qual se junta um porco e um peru. _ Mas o que é que o Duchovny percebe de humor? _ Bem, pelo menos o suficiente para já ter ganho e ter sido nomeado para vários prémios na categoria de comédia. Aliás, a sua prestação em Californication, já apresentava uma personagem com bastante humor. Estas foram as perguntas que me coloquei quando, na minha busca de títulos para o #desafiosillyseason, me deparei com…

  • “Diário de um Fumador” de David Sedaris

    A badana da contracapa deste livro afirma que David Sedaris é um dos escritores de humor mais conhecidos e de maior sucesso dos Estados Unidos da América. Não é que conheça muito, mas depois de ler este “Diário de um Fumador”, não me custa acreditar, tendo em conta que não é comediante, apenas escritor! O que faz dele tão bom escritor de humor? O facto de relatar todos os acontecimentos bizarros e absurdos da sua vida (podem ler isto, também na contracapa), de uma forma muito verdadeira e muito irónica. Ao longo das 250 páginas vamos conhecer a vida de um homem que viajou pelo mundo, travou amizade com uma…

  • “A Balada do Yuppie Louco” de Edson Athayde

    A Balada do Yuppie Louco by Edson Athayde My rating: 5 of 5 stars Este é um livro que se devora num fôlego! São short stories, de uma imaginação incrível, cheias de um sentido de humor que nunca nos deixa perder a noção da realidade. São quase como que pequenas pérolas kafkianas, nas situações mais bizarras e, ao mesmo tempo, tão quotidianas! Este livro marcou-me muito quando o li, há quase 20 anos atrás…. e ainda hoje gosto de lhe pegar para tornar a sentir aquela emoção muito ingénua, mas agora já não tanto. O Edson Athayde é um dos mais, se não o mais, famoso publicitário em Portugal. Para…

  • “Ficções” de Jorge Luís Borges

    Ficções by Jorge Luis Borges My rating: 5 of 5 stars I think this book from Jorge Luís Borges really opened me up for power of literature and writing. I’ve read it so many years ago, I can not remember when, but this notion will always stay with me. The notion of all the possibilities there are, as much as you can not even think about all of them. Tlön showed me, literally, that you can create a whole new world, because he made ti. He did show us a world with his own people, their own language, their own laws and even their own currency. And all of this,…