Sugestões
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Desafio Made in English
Ao longo do último semestre de 2020 cheguei aos Estados Unidos da América, país cuja literatura ainda desconhecia, além de uns nomes sonantes, como Paul Auster, David Foster Wallace, Bukowski (embora com nacionalidade alemã), entre outros… Mas foi com Dave Eggers que me fascinei e decidi que era hora de começar a explorar o que o outro lado do Atlântico tinha para oferecer em termos literários. E, fui surpreendida de tal forma, que decidi integrar este desafio na minha lista. Apesar de ser Born in USA, e que me desculpem os seus nativos, mas irei integrar também alguns nomes canadenses, como Margaret Atwood. Aproveitando a boleia, e porque a maioria…
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“O Rapaz das Fotografias Eternas” de Edson Athayde
Li o livro em duas horas. Para quem está familiarizado com a escrita de Edson Athayde, a sua estrutura bidimensional, a bizarria das personagens e das situação, o sarcasmo na forma de pura poesia, não vai ficar indiferente a esta narrativa contada como que através de frames de filme, de flahsbacks e flahsforwards. Se já leram a Balada do Yuppie Louco ou O Homem que Sabia De Mais, como eu já há muitos anos, vai ser um óptimo reencontro com a sua linguagem que, afinal, não é assim tão comum na literatura portuguesa. Para quem não conhece as obras citadas do autor, pode não ser a melhor porta para…
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Uma Nação de Dois, “Mother Night” de Kurt Vonnegut
Kurt Vonnegut foi um escritor norte-americano da segunda metade do século XX. A sua obra é reconhecida no campo da ficção-científica e pelo seu tom irónico, sarcástico e de humor negro, sempre com uma observação e exposição muito profunda e crítica sobre a condição humana. “Nós somos o que fingimos ser, por isso mesmo, devemos ser cautelosos com o que fingimos ser” Mother Night (1961) é o romance que marca o afastamento de Vonnegut do mundo do fantástico, e que tem como inspiração a sua própria experiência enquanto soldado da Segunda Guerra Mundial capturado em Dresden. Os termos da Convenção de Genebra, que garantiam aos prisioneiros de guerra condições dignas…
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Entrevista a José Riço Direitinho
“Leio como se me escrevesses” – entrevista ao escritor José Riço Direitinho e artigo sobre o seu livro”O Escuro que te ilumina”, realizados em Novembro de 2018 “Eu sou muito bem comportadinho e escrevi um livro assim. (risos)” Esta entrevista não é uma entrevista, também o é, mas além disso, é uma conversa entre um escritor e uma aspirante a escritora, que encontrou no “O escuro que te ilumina”, uma identificação a nível pessoal e literário. Há respostas que são para mim, porque é a mim que essas questões assolam. Porque sou eu que o “Leio como se ele me escrevesse”. Muito se escreveu já sobre “O escuro que te…